segunda-feira, 29 de março de 2010

A ESTRANHA TEORIA DO HOMICÍDIO SEM MORTE

Marcia Suzuki
Conselheira de ATINI – VOZ PELA VIDA
www.atini.org

Alguns antropólogos e missionários brasileiros estão defendendo o indefensável. Através de trabalhos acadêmicos revestidos em roupagem de tolerância cultural, eles estão tentando disseminar uma teoria no mínimo racista. A teoria de que para certas sociedades humanas certas crianças não precisariam ser enxergadas como seres humanos. Nestas sociedades, matar essas crianças não envolveria morte, apenas “interdição” de um processo de construção de um ser humano. Mesmo que essa criança já tenha 2, 5 ou 10 anos de idade.

Deixe-me explicar melhor. Em qualquer sociedade, a criança precisa passar por certos rituais de socialização. Em muitos lugares do Brazil, a criança é considerada pagã se não passar pelo batismo católico. Ela precisa passar por esse ritual religioso para ser promovida a “gente” e ter acesso à vida eterna. Mais tarde, ela terá que passar por outro ritual, que comemora o fato dela ter sobrevivido ao período mais vulnerável, que é o primeiro ano de vida. A festa de um aninho é um ritual muito importante na socialização da criança. Alguns anos mais tarde ela vai frequentar a escola e vai passar pelo difícil processo de alfabetização. A primeira festinha de formatura, a da classe de alfabetização, é uma celebração da construção dessa pessoinha na sociedade. Nestas sociedades, só a pessoa alfabetizada pode ter esperança de vir a ser funcional. E assim vai. Ela vai passar por um longo processo de “pessoalização”, até se tornar uma pessoa plena em sua sociedade.

Esse processo de socialização é normal e acontece em qualquer sociedade humana. As sociedades diferem apenas na definição dos estágios e na forma como a passagem de um estágio para outro é ritualizada.

Pois é. Esses antropólogos e missionários estão defendendo a teoria de que, para algumas sociedades, o “ser ainda em construção” poderá ser morto e o fato não deve ser percebido como morte. Repetindo – caso a “coisa” venha a ser assassinada nesse período, o processo não envolverá morte. Não é possível se matar uma coisa que não é gente. Para estes estudiosos, enterrar viva uma criança que ainda não esteja completamente socializada não envolveria morte.

Esse relativismo é racista por não se aplicar universalmente. Estes estudiosos não aplicam esta equação às crianças deles. Ou seja, aquelas nascidas nas grandes cidades, mas que não foram plenamente socializadas (como crianças de rua, bastardas ou deficientes mentais). Essa equação racista só se aplicaria àquelas crianças nascidas na floresta, filhas de pais e mães indígenas. Racismo revestido com um verniz de correção política e tolerância cultural.


Tristemente, o maior defensor desta hipótese é um líder católico, um missionário. Segundo ele "O infanticídio, para nós, é crime se houver morte. O aborto, talvez, seja mais próximo dessa prática dos índios, já que essa não mata um ser humano, mas sim, interdita a constituição do ser humano", afirma.”[i]

Uma antropóloga da UNB, concorda. "Uma criança indígena quando nasce não é uma pessoa. Ela passará por um longo processo de pessoalização para que adquira um nome e, assim, o status de 'pessoa'. Portanto, os raríssimos casos de neonatos que não são inseridos na vida social da comunidade não podem ser descritos e tratados como uma morte, pois não é. Infanticídio, então, nunca".”[ii]

Mais triste ainda é que esta antropóloga alega ser consultora da UNICEF, tendo sido escolhida para elaborar um relatório sobre a questão do infanticídio nas comunidades indígenas brasileiras[iii]. Como é que a UNICEF, que tem a tarefa defender os direitos universais das crianças, e que reconhece a vulnerabilidade das crianças indígenas[iv], escolheria uma antropóloga com esse perfil para fazer o relatório? Acredito que eles não saibam que sua consultora defende o direito de algumas sociedades humanas de “interditar” crianças ainda não plenamente socializadas.[v]

O papel da UNICEF deveria ser o de ouvir o grito de socorro dos inúmeros pais e mães indígenas dissidentes, grito este já fartamente documentado pelas próprias organizações indígenas e ONG’s indigenistas[vi].

A UNICEF deveria ouvir a voz de homens como Tabata Kuikuro, o cacique indígena xinguano que preferiu abandonar a vida na tribo do que permitir a morte de seus filhos. Segurando seus gêmeos sobreviventes no colo, em um lugar seguro longe da aldeia, ele comenta emocionado:

“Olha prá eles, eles são gente, não são bicho, são meus filhos.

Como é que eu poderia deixar matar?”[vii]

Para esses indígenas, criança é criança e morte é morte. Simples assim.
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[i] http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=347765 [ii] idem

[iii] Marianna Holanda fez essa declaração em palestra que ministrou em novembro de 2009 no auditório da UNIDESC , em Brasília.

[iv] Segundo relatório da UNICEF, as crianças indígenas são hoje as crianças mais vulneráveis do planeta. “Indigenous children are among the most vulnerable and marginalized groups in the world and global action is urgently needed to protect their survival and their rights, says a new report from UNICEF Innocenti Research Centre in Florence.”

[v] Em algumas sociedades, crianças não socializadas seriam gêmeos, filhos de mãe solteira, de viúvas ou de relações incestuosas, crianças com deficiência física ou mental grave ou moderada, etc. A dita “interdição” do processo pode ocorrer em várias idades, tendo sido registrada com crianças de até 10 anos de idade, entre os Mayoruna, no Amazonas. Marianna defende essa “interdição” em dissertação intitulada “Quem são os humanos dos direitos?” Estudo contesta criminalização do infanticídio indígena

[vi] www.quebrandoosilencio.blog.br www.atini.org www.movimentoindigenaafavordavida.blogspot.com http://vimeo.com/1406660 carta aberta contra o infanticídio indígena

[vii] Trecho de depoimento do documentário “Quebrando o Silêncio”, dirigido pela jornalista indígena Sandra Terena. O documentário está disponível no link www.quebrandoosilencio.blog.br
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Via http://evangelizabrasil.ning.com

sábado, 27 de março de 2010

E-books de Utilidade Pública para download (e ainda Bibliotecas Virtuais, Democratização do Conhecimento - e um novo blog sobre tudo isso)

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Talvez você já tenha me visto escrever sobre a Biblioteca Virtual Letras Santas, uma biblioteca que reúne centenas de recursos (e-books, apostilas, gráficos, etc) evangélicos, com a característica de serem somente materiais LIBERADOS PARA DOWNLOAD LIVRE POR SEUS PRÓPRIOS AUTORES. O que talvez você não saiba é que, além dos muitos recursos de interesse particular do cristão, reunimos também dezenas de recursos de INTERESSE GERAL e UTILIDADE PÚBLICA, materiais esses produzidos e disponibilizados por diversos órgãos governamentais (das três esferas), além de ONGs e organismos nacionais e estrangeiros.
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Neste tópico, veja algumas dos mais recentes recursos incluídos no acervo (clique sobre o título para fazer o download):

Cartilha do Trabalhador com Deficiência, elaborada pela FAPED (DF).

Cartilha sobre Inclusão Digital, elaborado pelo Comitê para Democratização da Informática em Sergipe – CDI Sergipe.

HIV/AIDS em Ambientes Prisionais: Prevenção, Atenção, Tratamento e Apoio, elaborado pelo UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime).



Cartilha sobre Direção Defensiva, elaborada pelo DENATRAN e Ministério das Cidades.

Guia Prático do Cuidador de Idosos, elaborado pelo Ministério da Saúde (E-book com 62 pgs.).

As Crianças e o Desmembramento Familiar, elaborado pela ONG cristã Tearfund (E-book com 68 pgs.).

Um Guia para as Brasileiras no Exterior (sobre o perigo do tráfico sexual), e-book de 84 págs. elaborado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Controle Integrado de Ratos, cartilha elaborada pela EMBRAPA.


Brasileiros no Exterior - Informações Úteis, elaborado pelo Ministério do Trabalho.

O Combate à Corrupção nas Prefeituras do Brasil, elaborada por Cláudio Webber Abramo (Transparência Brasil) e outros.

Noções Básicas de Cartografia, e-book de 128 págs., elaborado pelo IBGE.

Guia Alimentar para a População Brasileira – Promovendo a Alimentação Saudável, livro de 210 págs., elaborado pelo Ministério da Saúde.

Kit Família Brasileira Fortalecida, elaborado pela UNICEF. O kit contém cinco álbuns que explicam os cuidados necessários para as crianças desde a gestação até os 6 anos de idade, período de vida determinante para o desenvolvimento integral de meninas e meninos.
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E fique sempre de olho na nossa Biblioteca, pois semanalmente são incluídas novidades.
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Democratizar a edificação e a capacitação cristã, e a informação útil, esta tem sido nossa bandeira. Divulgue o link da Biblioteca entre seus contatos e em seu blog, para abençoar seus leitores. E caso você conheça materiais de uso livre que se enquadrem na proposta da Biblioteca, mas que eventualmente não constem do acervo, por favor, colabore com este esforço, enviando-me a dica.

O link para a página da Biblioteca é este: http://www.4shared.com/dir/1727479/71ecfce9/sharing.html


E indo além: em virtude da crescente importância do tema da democratização do conhecimento, e a multiplicação de iniciativas neste sentido, no Brasil e no mundo, me pareceu oportuno criar um novo blog, totalmente dedicado a esta temática. É o Bradante. Um espaço que oferece listas de links de Bibliotecas Virtuais (evangélicas e seculares) que disponibilizam material de uso legal, links para Cursos gratuitos online, e outros recursos. E ainda notícias, artigos e tutoriais sobre o tema, e o melhor: a disponibilização regular de e-books e outros materiais de uso livre e legal para download, coletados nas mais diversas fontes evangélicas e seculares. Um verdadeiro brado pela democratização do conhecimento!

Para o sucesso desta iniciativa, a sua colaboração é fundamental, enviando dicas e informações, e divulgando mais este humilde webserviço prestado aos irmãos, e a toda pessoa interessada.


Deus lhes abençoe!

Sammis Reachers
sammisreachers@ig.com.br

quarta-feira, 24 de março de 2010

TV do Bispo Macedo faz apologia da violência


João Cruzué

Quem diria! Você sabia que a TV Record foi comprada pelo Bispo Edir Macedo no ínicio da década de 90, com o propósito básico de levar a palavra de Deus à nação Brasileira? Em vez disso, na busca desenfreada pela audiência, ela de fato mudou seu propósito.

Quer uma prova?

De tudo o que é ruim: crimes, mortes, assassinatos, sequestros - notícias de todo tipo de violência você assiste sabe onde? Na Tv Record! Operando assim, ela impacta, assusta e deprime a família brasileira.

Jesus saiu de cena, e foi trocado por uma apologia das obras do diabo. Eu não consigo ver de outra forma. Tudo o que que acontece na cidade, tudo o que não presta, é divulgado para crianças, jovens e velhos. Creio que não é exagero: de cada 10 notícias do cotidiano, nove ou todas as dez são de coisas ruins. E sabe onde você encontra? Na TV Record!

Está na imprensa que a origem dos recursos para a compra da TV Record, que era da Família Machado e do Sr. Abravanel, veio da contribuição dos fiéis da Igreja Universal. Era dinheiro carimbado para uso na Casa do Senhor.

O que adianta ganhar o mundo inteiro. O que adianta pregar o Evangelho para todas as nações da terra, e logo em seguida mostrar as obras do inferno para escandalizar essa gente.

É preciso mais juízo. É preciso uma mudança de atitude. Não foi com o propósito de fazer apolgia da violência que a TV Record foi comprada. Os meios não justificam os fins. A Casa do Senhor não pode ser escandalizada com loucuras e desvarios de maus mordomos.

Abaixo a violência dos programas da Rede Record. Quero que minha família tenha direito de assistir as coisas boas que Deus tem feito no Brasil.

Imaginei que em uma Rede de TV evangélica isto fosse possível. Enganei-me!

Fonte: http://www.olharcristao.blogspot.com/

domingo, 21 de março de 2010

MISSÕES: Conheça a revista Capacitando para Missões Transculturais, da APMB

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A APMB (Associação de Professores de Missões do Brasil) presta um excelente serviço ao esforço missionário brasileiro, informando, aglutinando forças e capacitando professores e missionários.
A APMB publica ainda uma excelente revista, Capacitando para Missões Transculturais. A revista já está no número 16. Exemplares impressos podem ser adquiridos através do site, a preços módicos. E mais uma excelente notícia: a APMB disponibiliza os cinco primeiros números da revista para download gratuito. Isso mesmo!
Vale a pena baixar, e mais, adquirir toda a coleção impressa. São ferramentas de excelência para a capacitação de missionários, líderes e professores, além de informação significativa para toda a igreja.

Visite a página de publicações da APMB: Clique Aqui.
Para baixar os exemplares disponibilizados, veja AQUI na Biblioteca Letras Santas. 

sexta-feira, 19 de março de 2010

Trazendo a ovelha perdida

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Pessoas que se afastaram da igreja podem ser trazidas de volta, e tornarem-se ainda ramos frutíferos, contribuindo para crescimento da igreja e a glória de Deus. Para que isso aconteça à igreja deve se preparar com técnicas adequadas e uma atitude correta. O seminário Reconquista da AMME Evangelizar lhe oferece isso. Faça já sua inscrição. 

Data: 24, 25 e 26 de Março de 2010
Horário: 19:30h às 22:00h
Local: Igreja Batista em Jd. Bom Pastor
Av. Distinção, Qd. 36 – Lt. 03 - Jd. Bom Pastor – Belford Roxo – RJ
Tel. 21-2661-5792 / 21-9775-9358 -Secr. Sandra / Pr. Claudio santana
Custo: R$ 10,00 com apostila – Teremos materias em exposição para venda.

Para fazer sua inscrição e obter maiores informações ligue no Tel. 0800 121911 falar com o Miss. Roberto Fontalva ou Miss. Rosana Garcia.
Por email: robertofontalva@evangelizabrasil.com

Fonte: http://www.evangelizabrasil.com

quinta-feira, 18 de março de 2010

Joyful 'toons - Os cartoons que edificam

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Publicado aqui no Arsenal do Crente sob a autorização do autor, Mike Waters (Joyful 'toons).
Versão em português produzida pelo próprio autor com o auxílio de tradução do Mural na Net.
Agradecemos ao autor por permitir a publicação aqui, e ao Mural na Net pela colaboração, e por traduzir este tão rico material.

terça-feira, 16 de março de 2010

O que é uma Cruz?

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"E quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim" (Mt. 10:38).

Fardo não é cruz. Fardo é algo que não se pode evitar. A cruz, todavia, depende da escolha pessoal e pode, portanto, ser evitada. Assim como foi a primeira cruz na história assim também serão as incontáveis pequenas cruzes que a seguem. Assim como a cruz original foi escolha do Senhor, as cruzes de hoje também precisam ser escolhidas por nós. Algumas pessoas pensam que estão carregando a cruz sempre que se encontram em alguma dificuldade ou experimentam algum sofrimento. Isso não é verdade, pois dificuldades e sofrimentos podem acontecer naturalmente com qualquer pessoa, mesmo que ela não seja crente em Cristo.

O que é, então, uma cruz? A cruz deve estar em concordância com aquilo que o Senhor Jesus disse: "Meu Pai,... faça-se a Tua vontade" (Mt. 26:42). O Senhor pediu ao Pai que não respondesse de acordo com aquilo que o Filho desejava, mas de acordo com a vontade do Pai. Isso é cruz! Tomar a cruz é escolher a vontade do Pai.

Watchman Nee

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pastores x Lobos


Osmar Ludovico

Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam pelas vidas das ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos. No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.

Pastores buscam o bem de suas ovelhas; lobos buscam os bens das ovelhas.

Pastores gostam de convívio; lobos gostam de reuniões.

Pastores vivem a sombra da cruz; lobos vivem a sombra de holofotes.Pastores choram pelas suas ovelhas; lobos fazem suas ovelhas chorar.

Pastores tem autoridade espiritual; lobos são autoritários e dominadores.

Pastores tem esposas; lobos têm co-adjuvantes.

Pastores tem fraquezas; lobos são poderosos.

Pastores olham nos olhos; lobos contam cabeças.

Pastores apaziguam as ovelhas; lobos intrigam as ovelhas.

Pastores tem senso de humor; lobos se levam a sério.

Pastores são ensináveis; lobos são donos da verdade.

Pastores tem amigos; lobos têm admiradores.

Pastores se extasiam com mistério; lobos aplicam técnicas religiosas.

Pastores vivem o que pregam; lobos pregam o que não vivem.

Pastores vivem de salários; lobos enriquecem.

Pastores ensinam com a vida; lobos pretendem ensinar com discursos.

Pastores sabem orar no secreto; lobos só oram em público.

Pastores vivem para suas ovelhas; lobos se abastecem das ovelhas.

Pastores são pessoas humanas; lobos são personagens religiosos caricatos.

Pastores vão para o púlpito; lobos vão para o palco.

Pastores são apascentadores; lobos são marqueteiros.

Pastores são servos humildes; lobos são chefes orgulhosos.

Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas; lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.

Pastores apontam para Cristo; lobos apontam para si mesmos e para a instituição.

Pastores são usados por Deus; lobos usam as ovelhas em nome de Deus.

Pastores falam da vida cotidiana; lobos discutem o sexo dos anjos.

Pastores se deixam conhecer; lobos se distanciam e ninguém chega perto.

Pastores sujam os pés nas estradas; lobos vivem em palácios e templos.

Pastores alimentam as ovelhas; lobos se alimentam das ovelhas.

Pastores buscam a discrição; lobos se autopromovem.

Pastores conhecem, vivem e pregam a graça; lobos vivem sem a lei e pregam a lei.

Pastores usam as escrituras como texto; lobos usam as escrituras como pretexto.

Pastores se comprometem com o projeto do reino; lobos têm projetos pessoais.

Pastores vivem uma fé encarnada; lobos vivem uma fé espiritualizada.

Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas; lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas; lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.

Pastores confessam seus pecados; lobos expõem o pecado dos outros.

Pastores pregam o Evangelho; lobos fazem propaganda do Evangelho.

Pastores são simples e comuns; lobos são vaidosos e especiais.

Pastores tem dons e talentos; lobos têm cargos e títulos.

Pastores são transparentes; lobos têm agendas secretas.

Pastores dirigem igrejas-comunidades; lobos dirigem igrejas-empresas.

Pastores pastoreiam as ovelhas; lobos seduzem as ovelhas.

Pastores trabalham em equipe; lobos são prima-donas.

Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo; lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.

Pastores constroem vínculos de interdependência; lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.

Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-los do aviso de Jesus Cristo.


*Guardai-vos dos falsos profetas, que vêem a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores*". (Mateus 7:15)

In Meditatio (Editora Mundo Cristão).

terça-feira, 9 de março de 2010

Academia Evangélica de Letras do Brasil - Abertura do Ano Sociocultural 2010

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Ontem à noite, a convite da grande escritora e poeta, acadêmica e amiga Eliúde Marques, estive presente à Sessão Solene de Abertura do Ano Sociocultural de 2010, da AELB (Academia Evangélica de Letras do Brasil), realizada na Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro.

No culto solene, dirigido pelo Rev. Guilhermino Cunha, Presidente da Academia e também o pastor da Catedral, o público presente foi agraciado com a declamação de duas belíssimas poesias, a cargo das poetas Dária Gláucia e Eliúde Marques, referentes ao Dia Internacional da Mulher. Notável também a apresentação do magnífico Coral ali reunido. Mas o  ápice do culto foi o 'momento da Palavra', como costumamos dizer, o inspirado sermão do Pr. Wander Ferreira Gomes, da Igreja Batista do Recreio.

Senti-me muito honrado em poder participar da solenidade, e também em finalmente poder conhecer pessoalmente os poetas Pr.Noélio Duarte e Pr.Josué Ebenézer, ambos já publicados aqui no blog e também antologiados na Antologia Águas Vivas. Além, é claro, dos demais acadêmicos presentes ao evento, e o Rev. Guilhermino Cunha, homem de Deus a quem eu sempre que possível ouço pelo rádio.

E uma boa notícia para os leitores e amantes da poesia evangélica: os acadêmicos Noélio Duarte, Josué Ebenézer e a nossa querida irmã Eliúde Marques são presença garantida na nossa Antologia Missionária, que estou organizando, e que tem obtido grande adesão de diversos poetas de Cristo, que fazem juz à vocação recebida.

Louvo a Deus pela vida de nossos irmãos acadêmicos. Que a AELB, que no ano que vem completa seu cinquentenário, seja cada vez mais um instrumento para promoção da Palavra de Deus e das letras e artes evangélicas, alcançando a todos, em especial a classe intelectual, que tanto carece de compreensão da verdade libertadora de Cristo.

A Poesia Vive! Graça e paz!

Abaixo publico algumas fotos. Dada a minha incompetência, boa parte não saiu a contento, mas fica aqui o registro para os irmãos.

Entrada solene dos acadêmicos, tendo à frente o Rev. Guilhermino Cunha

Poetisa Daria Gláucia declamando

O pregador da noite, Pr.Wander Ferreira Gomes

Eliúde declamando 

Eu junto ao Pr. Josué Ebenézer

Acadêmica Eliúde Marques



Eu junto à amiga Eliúde Marques, em dois momentos

quinta-feira, 4 de março de 2010

35 Razões Para Não Pecar

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 Fonte: Imagens Cristãs no Flickr (Sammis Reachers)

Jim Elliff

1 - Porque um pequeno pecado leva a mais pecados.

2 - Porque o meu pecado evoca a disciplina de Deus.

3 - Porque o tempo gasto no pecado é desperdiçado para sempre.

4 - Porque o meu pecado nunca agrada a Deus; pelo contrário, sempre O entristece.

5 - Porque o meu pecado coloca um fardo imenso sobre os meus lideres espirituais.

6 - Porque, no devido tempo, o meu pecado produz tristeza em meu coração.

7 - Porque estou fazendo o que não devo fazer.

8 - Porque o meu pecado sempre me torna menor do que eu poderia ser.

9 - Porque os outros, incluindo a minha família, sofrem conseqüências por causa do meu pecado.

10 - Porque o meu pecado entristece os santos.

11 - Porque o meu pecado causa regozijo nos inimigos de Deus.

12 - Porque o meu pecado me engana, fazendo-me acreditar que ganhei, quando, na realidade, eu perdi.

13 - Porque o pecado pode impedir que eu me qualifique para a liderança espiritual.

14 - Porque os supostos benefícios de meu pecado nunca superam as conseqüências da desobediência.

15 - Porque me arrepender do meu pecado é um processo doloroso, mas eu tenho de arrepender-me.

16 - Porque o pecado é um prazer momentâneo em troca de uma perda eterna.

17 - Porque o meu pecado pode influenciar outros a pecar.

18 - Porque o meu pecado pode impedir que outros conheçam a Cristo.

19 - Porque o pecado menospreza a cruz, sobre a qual Cristo morreu com o objetivo específico de remover o meu pecado.

20 - Porque é impossível pecar e seguir o Espírito Santo, ao mesmo tempo.

21 - Porque Deus escolheu não ouvir as orações daqueles que cedem ao pecado.

22 - Porque o pecado rouba a minha reputação e destrói o meu testemunho.

23 - Porque outros, mais sinceros do que eu, são prejudicados por causa do meu pecado.

24 - Porque todos os habitantes do céu e do inferno testemunharão sobre a tolice deste pecado.

25 - Porque a culpa e o pecado podem afligir minha mente e causar danos ao meu corpo.

26 - Porque o pecado misturado com a adoração torna insípidas as coisas de Deus.

27 - Porque o sofrer por causa do pecado não tem alegria nem recompensa, ao passo que sofrer por causa da justiça tem ambas as coisas.

28 - Porque o meu pecado constitui adultério com o mundo.

29 - Porque, embora perdoado, eu contemplarei novamente o pecado no Tribunal do Juízo, onde a perda e o ganho das recompensas eternas serão aplicados.

30 - Porque eu nunca sei por antecipação quão severa poderá ser a disciplina para o meu pecado.

31 - Porque o meu pecado pode indicar que ainda estou na condição de uma pessoa perdida.

32 - Porque pecar significa não amar a Cristo.

33 - Porque minha indisposição em rejeitar este pecado lhe dá autoridade sobre mim, mais do que estou disposto a acreditar.

34 - Porque o pecado glorifica a Deus somente quando Ele o julga e o transforma em uma coisa útil; nunca porque o pecado é digno em si mesmo.

35 - Porque eu prometi a Deus que Ele seria o Senhor de minha vida.

Renuncie seus direitos - Rejeite o pecado - Renove sua mente - Confie em Deus

Fonte: http://monergismo.com

A PARÁBOLA DA LARANJEIRA


Por João White
Em sonho eu viajava por uma estrada sem movimento. De um lado e do outro, havia verdadeiros bosques de laranjeiras; carreira após carreira estendia-se sem fim, até se perder de vista. Estavam carregadas de belas frutas, maduras, pois era tempo de colheita.

Minha admiração crescia a cada quilometro percorrido. De que maneira se conseguiria fazer a colheita? Lembrei-me de que, até então, durante todo o trajeto, não tinha visto viva alma. Não havia ninguém nos laranjais, e eu não tinha passado por outro carro. Não se viam casas à margem da estrada. Eu estava sozinho em meio a uma floresta de laranjeiras.

Afinal vislumbrei alguns trabalhadores colhendo as frutas. Longe da estrada, quase no horizonte, perdido no vasto ermo de frutas a colher, pude distinguir um pequenino grupo de colhedores trabalhando diligentemente. Quilômetros adiante vi outro grupo. Não posso garantir, mas tive a impressão de que a terra debaixo de mim tremia de gargalhadas silenciosas diante da impossibilidade da tarefa. Contudo os trabalhadores prosseguiam em sua tarefa de apanhar laranjas.

O sol já desaparecia no ocaso e as sombras se alongavam quando, dobrando uma curva da estrada deparei uma placa com os dizeres: “Limite do Município Negligenciado com o Município Interno.” O contraste foi tão gritante que mal consegui ler a placa. Tive que reduzir a marcha, pois, de repente, o tráfego tornou-se intenso. Pessoas aos milhares formigavam pela estrada e abarrotavam as calçadas. Mas notável ainda era a transformação que se observava nos laranjais, que ali também havia, repletas de laranjeiras, porem agora, longe de estarem abandonados, estavam cheios de riso e do canto de multidões de gente. De fato, era o povo e não as laranjeiras que me chamavam a atenção: povo, e também casas.

Estacionei o carro à margem da estrada e juntei-me à multidão. Vestidos elegantes, sapatos confortáveis, ternos caros e camisas bem talhadas me fizeram sentir-me constrangido em minhas roupas de trabalho. Todo o mundo aparentava ar festivo e jovial.

“É feriado?” perguntei a uma senhora bem vestida.

Ela me fitou por um momento surpresa; depois, sorriu, condescendente:

“O senhor é de fora, não?” E antes que eu pudesse responder, prosseguiu: “Hoje é o Dia da Laranja.”

Ela deve ter notado a minha perplexidade, pois continuou: “É tão bom deixar nossos trabalhos, um dia por semana, para apanhar laranjas.”

“Mas não colhem laranjas todos os dias?” perguntei.

“Podemos fazê-lo a qualquer tempo”, retrucou. “Devemos estar sempre prontos para colher laranjas, porem o Dia da Laranja é consagrado especialmente a este mister.”

Deixei-as e penetrei mais no meio das árvores. A maior parte das pessoas levava um livro, muito bem encadernado em couro, com bordas e letreiro dourados. Pude ler na beira de um desses livros: “Manual do Apanhador de Laranjas”.

Mais à frente, notei que, em volta de uma das laranjeiras, tinham arranjado assentos, dispostos em círculos ascendentes, a partir do chão. Os assentos estavam quase todos ocupados, mas, assim que me aproximei do grupo, um cavalheiro sorridente e bem vestido estendeu-me a mão e me conduziu a um lugar vago.

Havia uma porção de pessoas em volta daquela laranjeira. Uma delas se dirigia aos que estavam sentados, e, no momento em que eu chegava a meu lugar, todo o mundo ficou em pé e começou a cantar. O homem a meu lado estendeu em minha direção seu livro de cânticos, que era intitulado: “Canções dos Laranjais”.

Cantaram durante algum tempo; o dirigente abanava os braços com estranho fervor, exortando o povo, nos intervalos entre os cânticos, a cantar mais forte.

Cada vez mais perplexo, perguntei ao meu vizinho: “Quando é que vamos começar a apanhar laranjas?”

“Não vai demorar muito”, disse-me ele. “Gostamos de entusiasmar todo o mundo primeiro. Além disso, queremos que as laranjas se sintam à vontade”.

Pensei que ele estivesse pilheriando, porém seu olhar era bastante sério.

Finalmente, o dirigente do canto entregou a palavra a um gorducho que leu dois parágrafos de seu bem manuseado Manual do Apanhador de Laranjas, e a seguir começou a fazer um discurso. Não entendi bem se ele se dirigia ao povo ou às laranjas.

Furtivamente, olhei ao redor e vi diversos outros grupos, parecidos com o nosso, cada qual reunido em torno de uma laranjeira e ouvindo discursos de outros gorduchos. Algumas árvores não tinham ninguém ao redor.

“De que pés nós colheremos?”, perguntei ao homem sentado a meu lado. Ele pareceu não entender, e então apontei as laranjeiras em volta.

“Nossa árvore é esta”, respondeu ele, apontando a laranjeira em redor da qual nos achávamos reunidos.

“Mas nós somos muitos para colher de uma árvore só!” protestei. “Há mais pessoas do que laranjas!”

“Mas nós não colhemos as laranjas”, explicou meu companheiro. “Nós não fomos vocacionados. Isso é serviço do “Pastor Apanhador de Laranjas”. Nós estamos aqui para apoiá-lo. Nós não fizemos o curso. Para ser bem sucedido em apanhar uma laranja, a pessoa precisa saber como a fruta pensa – psicologia larânjica, não sabe? A maior parte das pessoas aqui (apontando para os assistentes) nunca freqüentou a Escola do Manual.”

“Escola do Manual?” sussurrei. “Que é isso?”

“É aonde vão para estudar o Manual do Apanhador de Laranjas”, esclareceu meu informante. “É muito difícil; gastam-se anos de estudo para entendê-lo bem”.

“Então é assim?” murmurei. “Eu não fazia idéia de que fosse tão difícil apanhar laranjas”.

O gorducho, lá na frente, ainda estava fazendo seu discurso. Estava agitado; parecia que estava indignado a respeito de alguma coisa. Ao que pude entender, havia rivalidade entre outros grupos e o dele. A seguir, com indisfarçável orgulho, declarou:

“Mas não estamos abandonados. Temos muitos motivos para dar graças a Deus. Na semana passada, vimos três laranjas trazidas para o nosso balaio, e acabamos de liquidar toda a dívida das novas capas que ornam as almofadas em que vocês estão assentados neste instante”.

“Que maravilha, não?” disse o homem a meu lado. Eu não respondi. Senti que alguma coisa devia estar profundamente errada. Tudo aquilo me parecia ser uma forma muito esquisita e confusa de se colherem laranjas.

O gorducho estava atingindo o clímax de seu discurso. O ambiente estava tenso e então, com um gesto dramático, ele estendeu a mão em direção a um dos galhos, apanhou duas laranjas e depositou-as na cesta que estava a seus pés. Os aplausos foram ensurdecedores.

“Agora nós começamos a colher?” perguntei a meu companheiro.

“Ora, o que é que o senhor supõe que estamos fazendo?” Perguntou ele. “Todo esse esforço, a que o senhor imagina que se destina? Há mais talento para se colherem laranjas neste grupo do que em todo o restante do Município Interno. Milhões de reais têm sido gastos com a laranjeira que está diante de nós.”

Apressei-me a pedir desculpas. “Eu não estava censurando”, falei; “e tenho certeza de que o gorducho deve ser muito bom apanhador de laranjas, mas nós outros não podíamos experimentar também? Afinal de contas, há tantas laranjas que precisam ser colhidas. Todos nós temos duas mãos, e podíamos ler o Manual”.

“Quando o senhor estiver no negócio tanto tempo quanto eu, compreenderá que não é assim tão simples”, respondeu ele. “Para começar, não temos tempo. Temos nosso serviço a fazer, nossa família a cuidar, nossa casa a zelar. Nós…”

Mas eu não estava mais escutando. A luz começava a raiar em minha mente. Fosse o que fosse essa gente, apanhadores de laranjas é que não eram. Para eles a colheita de laranjas não passava de um tipo de divertimento de fim de semana.

Experimentei mais alguns dos grupos em redor das laranjeiras. Nem todos tinham padrões acadêmicos tão elevados para colhedores de laranjas. Alguns davam aulas sobre a matéria. Procurei contar-lhes das laranjeiras que eu tinha visto no Município Negligenciado, mas não parecia que lhes interessava muito.

“Ainda não colhemos todas as laranjas daqui”, era a resposta mais comum.

Em meu sonho, o sol começava a surgir no horizonte. Cansado de tanto barulho e movimento, entrei no carro e comecei a voltar pela mesma estrada. Logo cheguei aos vastos e abandonados laranjais.

Havia, porém, uma diferença. Algo tinha acontecido na minha ausência. Por todos os lados o chão se cobria de frutas caídas. E, enquanto eu olhava, pareceu-me que as árvores começavam a chover laranjas. Muitas delas jaziam apodrecendo…

Senti que, em tudo isso, havia alguma coisa de muito estranho; e me sentia ainda mais confuso ao lembrar-me de toda aquela gente do Município Interno.

Então, ressoando por entre as árvores, ouvi uma voz que dizia: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao senhor da seara que mande trabalhadores…”

E acordei, pois era apenas um sonho.

Este texto foi transformado em folheto pela Missão Novas Tribos do Brasil.