sexta-feira, 22 de julho de 2016

Evangelização de Grupos Específicos




Definição

Podemos definir como grupos específicos: viciados em drogas, alcoólatras, homossexuais, prostitutas e marginais.

Removendo os preconceitos

Para evangelizar viciados em drogas, alcoólatras, homossexuais, prostitutas e outros, temos que vencer preconceitos, não só para a fase da evangelização, como para a fase da integração dos que se converterem.
Geralmente, o crente, em alguns casos por falta de treinamento, tem a tendência de evitar pessoas que vivem na prática de certos pecados socialmente condenáveis.
Todos procuram evitar os viciados, até mesmo por receio de serem influenciados ou até de serem apanhados pelas autoridades.
Em alguns casos, podemos chamar essa reação de preconceito. Em outros casos, temor. Até certo ponto, isto é justificável, mas não totalmente. Pelo menos o evangelista tem que pagar o preço e entender que tais pessoas estão na lista dos pecadores que Jesus Cristo veio "buscar e salvar" (Lucas 19:10).
Mas o problema não tem que ser encarado só pelo evangelista. Ele é de toda comunidade evangélica e eclesiástica. E o que é mais sério ainda, quando um ex-viciado ou qualquer outro tipo dessa classificação, depois de integrado a igreja, comete um escândalo, todos procuram livrar-se dele.
Para encararmos a evangelização dessas pessoas, temos que reformular nossos conceitos sobre pecado, salvação e vida cristã. Temos que entender que certos pecadores enfrentam mais dificuldades de se recuperarem do que outros. Assim são os viciados, que são portadores de dependências e precisam de amor e compreensão. A comunidade e o povo em geral precisam saber que uma igreja evangélica seja ela de que denominação for, não é uma comunidade perfeita. Mas todos somos pecadores recuperados ou em processo de recuperação.
Às vezes, ficamos querendo dar atenção à sociedade e descuidamos das almas preciosas que precisam ser salvas.
Nas instituições de internamento, a recuperação deles é trabalhada, realmente, com o evangelho. Há reuniões todos os dias e a mensagem da palavra de Deus é o remédio de cada dia. No entanto, nossas igrejas geralmente realizam poucos cultos na semana e o irmão ex-viciado fica sem atividade e isto é muito perigoso para sua vida cristã que não raro, tem que lutar com cicatrizes de feridas recentes.
Além disso, esses novos crentes precisam ser acompanhados com amor e compreensão. Eles não podem sentir-se marginalizados ou rejeitados ou tratados com desconfiança.
Precisamos conviver com eles sem temor e sem receios. Eles não são diferentes de nós mesmos, que também fomos resgatados dos nossos pecados.

Contexto de abordagem

Quando abordar pessoas dessa classe? Onde abordá-los? Como abordá-los? Aqui temos que trabalhar com duas possibilidades ou etapas.

Na primeira etapa, pessoas dessa classe poderão ser abordados no contexto comum da comunidade. Pode ser na rua, numa loja, numa escola ou até mesmo em uma crise em que sejam alcançadas, eventualmente, pelo evangelista.
A segunda etapa seria numa entidade de internamento. Pode ocorrer que comece aqui o trabalho de evangelização. Para essas entidades são levadas pessoas já evangelizadas e convertidas e pessoas ainda não evangelizadas.

Abordagem das entidades de internamento

1º - Problemas já conhecidos

Nessa etapa, a coisa é diferente de uma abordagem comum. Aqui cada um já é conhecido pelo seu problema: se homossexual, ou se é viciado ou se é prostituta e outros.

2º - Ambiente de atividade

As instituições geralmente têm atividades programadas para o dia todo. Atividades físicas, mentais e espirituais. Nisso se incluem: trabalhos manuais e braçais; jogos de Inteligência e cultos. Tudo é feito num clima de liberdade, em que os internos aceitam voluntariamente as tarefas.

3º - Tratamento enérgico dos problemas

No ambiente deve haver muita franqueza, muito amor, mas muita energia. Há proibições para que sejam afastados da pessoa fatores que lembrem o seu vício. Ele participará de atividades físicas, mentais e aprendizado para sublimar sua situação.


4º - O remédio é a Bíblia

Dificilmente essas entidades fazem uso de remédio, o que só poderá acontecer em situações excepcionais de crise. Mas aqui a Bíblia funciona poderosamente. E a Bíblia aplicada é vida.
Quando começamos a entrar nesse campo, constatamos, com mais entusiasmo, que a bíblia, realmente, tem solução para todos problemas.

5º - Evangelização aberta e constante

Ninguém é obrigado, mas o plano da salvação é constantemente colocado para as pessoas nos cultos. As pessoas não são coagidas, mas fica sempre claro para elas que só Jesus pode mudar a situação delas, pelo poder do Espírito Santo. Foi isso mesmo que Jesus veio fazer neste mundo.

6º - O plano da salvação

O plano da salvação é o mesmo para qualquer tipo de pecador.

7º - O conceito de pecado e linguagem apropriado

Dos muitos conceitos segundo os originais bíblicos, dois são importantíssimos. O primeiro é que "pecar" é “errar o alvo". O ser humano, ao desobedecer às ordens de Deus, errou o alvo, o objetivo para o qual foi criado. O segundo conceito é que pecar é transgredir, é ultrapassar a cerca.
A vontade é controlada pela compreensão, mas a compreensão é afetada pela nossa mente. Como arrependimento é mudança de mente, operada pelo Espírito Santo por permissão da pessoa, ela tem que ser levada ao arrependimento para mudar a compreensão e controlar a vontade.

8º - O esquema da conversão

Tudo isso redunda na conversão genuína do pecador. A conversão ocorrerá com o pecador desde que, ouvindo a mensagem do Evangelho, resolva crer em Jesus como Senhor pessoal. Para pessoas em tais condições a compreensão do assunto ajuda no trabalho de recuperação, por isso o evangelista deve ser e estar preparado.

9º - A certeza da salvação

Acima de tudo, as pessoas que se convertem, devem ser trabalhadas no sentido de entenderem que estão salvos por Cristo. A pessoa poderá ter recaídas, mas isso não quer dizer nada. Ela pode se recuperar. E quanto mais firme for essa certeza, menos probabilidade terá de recaídas.

Integração

A integração dessas pessoas assume alguns aspectos especiais. Além das regras normais para integração de novos crentes, precisamos atentar para os seguintes pontos:

1º- A preparação da igreja

As igrejas nem sempre estão preparadas para receber pessoas egressos das drogas, da prostituição, do homossexualismo e do alcoolismo. Assim, a igreja deve ser preparada. A integração neste caso começa com a igreja.

2º - A preparação do novo crente

O novo crente desta área também deve ser preparado. Ele tem que estar consciente do fato de que vai entrar num ambiente especial. Os pecadores convertidos são todo ex-pecadores perdidos e devem estar preparados para mudar. Mudança é a palavra de ordem ao longo de toda nossa jornada cristã. Quem não aceita a mudança é porque ainda não se converteu, de fato.

3º - Tratamento das causas dos problemas

Uma das dificuldades da integração de pessoas nesta área são recaídas. Muitas delas, depois de estarem ligadas a igreja, voltam a cair no pecado em que viveu antes.


O Evangelista

O evangelista habilidoso terá que ouvir constantemente a história de vida dessas pessoas. É um longo e cansativo trabalho, até que chegue a origem do problema, e a partir daí trabalhar para remover as causas.

Causas

Os viciados tinham problemas familiares: falta de carinho ou carinho de mais; em alguns casos, eram rejeitados; em outros, eram filhos de casais separados, e daí enveredaram-se pelo mundo da droga para fugir da dura realidade da vida.
As prostitutas, muitas delas, caíram nesse tipo de pecado por razões econômicas. É possível ter havido outras causas, até mesmo drogas, mas, em geral, as razões econômicas costumam ser a principal causa.
Os homossexuais de um modo geral chegaram a situação por má educação. Alguns foram presos demais, tendo sempre que viver com meninas e nunca com meninos. Outros, sem qualquer vigilância dos pais, foram explorados por meninos mais fortes na escola ou pela comunidade, e tiveram que acomodar essas pressões de outrem para relações sexuais. E por não ter diálogo em casa, nunca revelaram nada aos pais. Existem alguns casos patológicos e orgânicos, mas não são muitos, segundo os melhores especialistas.
Os alcoólatras estão incluídos nas classificações gerais dos viciados. Muitos deles se refugiaram na bebida para fugir de problemas familiares, problemas financeiros, decepções, frustrações, desastres econômicos, etc.
O evangelista muitas vezes, terá que se envolver em um trabalho com familiares. E será sempre bom ouvir familiares.
O trabalho será não só de tentar remover a causa ou afastá-la da pessoa, como também preparar a pessoa mentalmente para superá-la. A vida de fé em Cristo é o melhor remédio para esse tipo de problema.
Deverá, portanto, haver um acompanhamento programado e intenso.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

O Jovem e o Hinário

Pr. Renato Brito
Culto de domingo à noite. Começa o tempo de adoração. Os cânticos são entoados com fervor e emoção. Uma leitura das Escrituras é feita. É dada a palavra ao pastor para que ele dê os avisos. Mais uma oração é feita pelo dirigente. Ouviu-se uma bela música especial. Depois disso o dirigente anuncia: “agora vamos abrir os nossos cantores cristãos para o hino 396”. Então é perceptível o desinteresse daqueles irmãos que sentam, geralmente, na última bancada da Igreja. Alguns até deixam transparecer seu desgosto com a escolha mais tradicional com uma interjeição dita apenas para si: “Eita! Lá vem o bendito!”.
É possível que isto não aconteça na sua Igreja, mas o que corriqueiramente acontece com o relacionamento entre o Jovem e o hinário é um distanciamento e uma inimizade. Jovens, de um modo geral, não gostam dos hinos e muito menos gostam dos hinários. Costumamos não gostar mesmo das coisas e pessoas que não conhecemos muito bem. As Igrejas evangélicas têm se distanciado dos hinários cada vez mais. O uso de novas tecnologias tem contribuído para este distanciamento. O que mais, porém, tem feito com que os hinários fiquem cada vez mais relegados às estantes das casas dos crentes é o uso de um repertório que se origina não de uma fonte escrita, como o hinário é, mais de uma fonte em áudio e vídeo, providenciada pela música gospel brasileira.
Nesta mensagem, gostaríamos de promover um relacionamento mais amigável entre o jovem e seu hinário. E para promover este bom relacionamento, vamos seguir o seguinte roteiro: vamos dar uma definição ao que nós chamamos hinário; depois disso, vamos observar alguns dados bíblicos que nos mostram que a organização da música congregacional por hinário era algo praticado nos tempos bíblicos; por fim, vamos destacar os grandes valores que um hinário possui.
Espero que depois deste estudo, você, como jovem cristão, possa ter uma visão mais equilibrada e aberta a respeito dos hinários evangélicos, como uma fonte mais salutar do que a música gospel popularizada pela mídia.
Precisamos ter uma boa definição do que é um hinário.
1) O hinário é uma compilação organizada de músicas sacras congregacionais reunidas em uma só publicação, organizada em temas, alistadas numericamente para facilitar o manuseio, podendo conter a música escrita ou não.
a) Música sacra é a música escrita para ser usada dentro dos cultos cristãos.
b) Música congregacional é uma música que pode ser cantada por pessoas que não tem uma formação musical profissional.
c) Na História da música sacra congregacional evangélica nós poderíamos alistar diversos estilos: o coral alemão, os hinos do período áureo, os hinos do movimento de Oxford, as canções evangelísticas, os cânticos da EBD, os cânticos de louvor e adoração, etc. Toda esta variedade de estilos é encontrada dentro dos hinários modernos.
d) Como um hinário é uma publicação de músicas selecionadas, há sempre um editor por trás de um hinário.
i) Este editor pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas que aceitou o projeto, custeando-o inclusive financeiramente.
ii) O primeiro hinário de músicas evangélicas a ser publicado no Brasil, conhecido pelo nome Salmos Hinos, foi custeado e editado pelo casal Robert e Sarah Kalley, missionários da Igreja Congregacional e maiores responsáveis pela instituição dos hinários nas Igrejas brasileiras. O Salmos e Hinos foi publicado 1861. Todos os hinários que nasceram depois do Salmos e Hinos usaram muitos dos hinos traduzidos e produzidos pelo casal Kalley.
iii) O Cantor Cristão foi o pastor Salomão Ginsburg e, posteriormente, o chefe do departamento de música da JUERP, Bill Ichter. O Cantor Cristão foi publicado em 1891 e foi o segundo hinário a ser publicado no Brasil.
iv) O Hinário para o Culto Cristão, que foi publicado no ano de 1990, surgiu de um esforço em conjunto de comissões especializadas formadas sob a tutela da CBB. Contém muitos hinos dos hinários anteriores, mas possui muito material original, o que seria de se esperar de um hinário publicado recentemente.
2) Acredito que o grande idealizador do hinário foi Martinho Lutero.
a) Numa época em que, nas Igrejas cristãs, o cântico era vedado àqueles que não tinham sido consagrados ao ministério, Lutero entendeu que todos os crentes eram sacerdotes e que deveriam cantar durante os cultos como uma forma de edificação.
b) Para isso, era necessário obter músicas acessíveis para que todas as pessoas pudessem cantar e não somente os que tinham treinado para isso. Lutero mesmo compôs músicas e promoveu poetas e compositores que pudessem escrever músicas que teriam os elementos de uma música mais facilmente cantável e que fosse cantada na língua do povo e não no latim que era a língua oficial da liturgia cristã.
c) A filosofia de Lutero era que todo o crente deveria poder possuir sua própria cópia da Bíblia e um hinário que pudesse grifar as verdades cristãs através música.
d) Não somente Lutero, mas outros reformadores como João Calvino, fizeram muito para publicação de hinários que não somente seria m usados nos cultos da Igreja como também seriam usados em casa, na família.
e) Podemos afirmar que os hinários fazem parte essencial da História das Igrejas Evangélicas começando da Reforma protestante iniciada em 1517 na Alemanha. Podemos dizer que é muito difícil, a luz de toda esta História, imaginar que a Igreja que herdou toda aquela cultura venha deixar de lado o uso dos hinários por causa de fatores circunstanciais e menores.
3) Passemos agora a outra parte do nosso roteiro. Vejamos o que a Bíblia fala sobre a prática de compilar músicas congregacionais para o uso nos cultos de louvor a Deus nos templos ou nas Igrejas.
II. Devemos saber que a Bíblia dá evidências de que a prática editar hinários é correta.
1) O povo de Israel começou a escrever e guardar cânticos desde muito cedo na sua História como nação escolhida por Deu(Êxodo 15.1,20-21; Deuteronômio 31.14-21).
2) O livro dos Salmos é o grande exemplo de compilação de cânticos a serem entoados nos cultos (Salmos 72.20).
a) Numa época posterior o livro dos Salmos foi dividido em cinco grandes livros 1-41; 42-72; 73-89; 90-106; 107-150.
b) Apesar dessa divisão, é provável que o livro dos Salmos são a reunião de muitos hinários ou a edição final de vários grupos de composição. Pelos títulos dos Salmos, que são inspirados também, notam-se indicação de autoria ou de origem. Há os salmos de peregrinação (120-134), salmos de Asafe (50, 73-83) e os salmos dos filhos de Coré (42-49, 84,85, 87,88). Salmos 111-118 começam com a palavra “aleluia”, 138-145 começam com o título “de Davi”.
c) Essa divisão e organização nos mostra que o livro dos Salmos é um hinário organizado a partir de várias coleções de músicas a serem entoadas nos cultos do povo de Israel.
3) A Igreja cristã não deixou de compilar suas músicas para usá-las para adoração.
a) Temos o registro dos cânticos entoados por aqueles que presenciaram a maravilha da encarnação (Lc 1-2).
b) Temos evidência de que a Igreja usou também os salmos para adorar em seus cultos e introduziu outros estilos musicais na adoração (1 Coríntios 14.26; Efésios 5.19; Colossenses 3.16).
c) O livro dos Salmos foi utilizado bastante como fonte de teologia para a Igreja Cristã. Ele foi citado várias vezes como prova contundente da Vinda do Messias em Jesus de Nazaré.
4) Notamos portanto que a compilação de músicas para serem usadas no louvor sempre foi uma prática do povo de Deus e que esta é a essência de todo hinário. Vejamos agora a importância que os hinários têm.
III. É importante conhecer os grandes valores que os hinários têm para a edificação da fé cristã.
A. O hinário possui um grande valor musical
1) Um hinário possui uma grande variedade de estilos musicais reconhecidos nas diferentes tendências musicais da História da arte e grande variedade de cultura musical.
a) Nos hinários há música da Idade Média, do Barroco, do Classicismo, do Romantismo e da Música Moderna.
b) Nos hinários são encontradas músicas inglesas, americanas, alemãs, francesas, irlandesas, africanas, indianas, chinesas, japonesas, brasileiras, etc.
2) Há nos hinários músicas escritas pelos grandes mestres da música erudita e de músicos que possuíam grande formação, mas que se dedicaram inteiramente a música congregacional.
a) Há nomes como Bach, Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, etc.
b) Há grandes cristãos músicos como Louis Bourgeois, Clement Marot, Lowell Mason, Robert Lowry, Paul Philip Bliss, James McGranahan, Roselena Landenberger, etc.
3) Há nos hinários o emprego das mais variadas técnicas de composição de melodias, de harmonização, de arranjos para solos, duetos, coral e piano, em variados níveis de dificuldade e bom gosto.
B. O hinário possui um grande valor literário
1) Um hinário possui uma vastidão de poesia escrita nos padrões mais rigorosos da versificação e da métrica.
2) Cada poesia do hinário possui um ritmo e o rico emprego de diversas figuras de linguagem.
3) Muitos dos autores de hinos foram considerados grandes poetas da sua época, sendo reconhecidos dentro e fora da Igreja cristã por sua habilidade com a palavra. Dois bons exemplos disso são Isaac Watts e Fanny Crosby.
C. O hinário possui um grande valor histórico
1) Os hinários possuem um registro histórico considerável. Eles registram a produção literária e musical de épocas variadas, proporcionando a Igreja Cristã uma visão muito aguçada da sua História e dos seus heróis.
2) Cada hino possui o registro do seu poeta, compositor e tradutor (se houver), deixando claro o tempo em que cada um viveu, fazendo-nos situar cada hino no tempo e na História.
3) Além disso, o exemplo de vida de cada autor pode ser uma fonte de rica edificação em Cristo.
D. O hinário possui um grande valor doutrinário
1) Os hinários detêm poesias que representam bem cada doutrina ensinada na Igreja Cristã.
2) Os hinos falam dos atributos de Deus, da Criação, da Providência e do Plano de Deus. Falam da humilhação e da exaltação de Cristo. Falam da salvação, da eleição, regeneração, justificação e santificação. Falam da nossa luta contra o pecado e contra Satanás. Falam da vinda de Cristo e da nossa expectativa diante desta vinda.
3) Um hinário é organizado para tratar de todos estes temas doutrinários, de modo que se um cristão quer aprender mais sobre uma doutrina, ele pode recorrer a um hino para aprender esta doutrina mais fortemente.
Vimos então que o hinário é uma compilação organizada de músicas sacras congregacionais reunidas em uma só publicação, organizada em temas, alistadas numericamente para facilitar o manuseio, podendo conter a música escrita ou não. A prática de se registrar e agrupar músicas é uma prática que compartilhamos com o povo de Deus dos tempos do Antigo e do Novo Testamento. A Igreja Cristã, desde muito cedo, têm usado o livro de Salmos, o primeiro de todos os hinários, e tem ela mesma compilado suas próprias músicas. Um hinário possui grandes valores para a fé cristã. O hinário tem grande valor musical, literário, histórico e doutrinário. Temos deixado o uso de hinários, provavelmente, para o nosso próprio prejuízo. O hinário é daquelas coisas que foi criada no passado, mas que tem um valor tão grande que não pode ser deixado de lado como a roda, o livro e a batata frita. Para mim, o hinário ainda é melhor do que qualquer outra mídia, retroprojetor ou datashow. O hinário não é perfeito nem tem condições de atender a todas as necessidades do culto cristão na igreja ou nos lares, mas as outras novidades não são, racionalmente, melhores do que o hinário.Tenho uma dica para os jovens: compre um hinário. Custa o mesmo preço que um CD. Comece a usá-lo na Igreja se sua Igreja usa o hinário e comece a usá-lo depois da sua leitura bíblica diária. Comece cantando os hinos que você conhece. Depois, procurando aprender outros ou até lendo as poesias que falam de assuntos específicos. Garanto que depois de um tempo, aquele cara chato que você apenas conhecia de longe, mas não conseguia entender, vai se tornar um bom e inseparável amigo.
Pr. Renato Brito

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Dicas para a criação de slides

Coletivo Aleluya tem produzido diversos vídeos com excelentes dicas para o trabalho com mídias na ou para a igreja. No vídeo de hoje, ótimas dicas para lhe ajudar na hora de criar seus slides. Confira!




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